quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Barroco em Jacobina 


As cidades do Recôncavo Baiano são um extraordinário parque barroco ao ar livre.
Estilo extrapolou limites da capital
Os municípios do Recôncavo Baiano constituem-se em um extraordinário parque barroco ao ar livre. Mesmo ofuscados pelas atividades de prospecção e refino de petróleo, na segunda metade do século XX, alguns municípios ainda guardam o esplendor da época colonial. A maior expressão do barroco é a cidade de Cachoeira, mas quase todos os municípios da região guardam verdadeiros tesouros da época de ouro. Veja, a seguir, algumas sugestões de roteiros, contidas no projeto Caminhos Históricos do Recôncavo Baiano, que será implantado em breve pela Secretaria de Turismo:
CACHOEIRA
Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo

Fica localizado na Rua Inocêncio Boaventura, s/n. É tombado pelo Iphan desde 1938. Imóvel do século XVIII, provavelmente construído entre 1715 e 1722. Construção conventual. A igreja tem corredores laterais superpostos por tribunas. Seus azulejos são de 1760-1770. O frontispício rococó, em galilé, avançando sobre a rua, em contraste com as fachadas sóbrias do Convento e da Ordem Terceira, e a presença de uma janela da torre abrindo-se para o seu interior, comprovam que ele foi refeito em 1773. Hoje funciona como um Centro de Convenções do Hotel Pousada do Carmo.
Ordem 3ª do Carmo
Fica localizada na Praça da Aclamação, s/n. É tombada pelo Iphan desde 1938. Imóvel construído no século XVIII, provavelmente entre os anos de 1702 e 1724. A capela é do princípio do século XVIII e conserva, como a matriz local, o espírito clássico do século anterior, de que foram protótipos as primeiras capelas jesuíticas. Sua simplicidade externa contrasta com a decoração do interior, que só fica atrás da de São Francisco, em Salvador, segundo Bazin. Os altares e tribunas da nave denotam influência chinesa, também evidente nos armários da sacristia e do consistório. Hoje existe um projeto de transformar o templo no Museu de Arte Sacra do Recôncavo.
Casa de Câmara e Cadeia
Fica localizada na Praça da Aclamação, s/n. É tombada pelo Iphan desde 1939. Imóvel construído, provavelmente, entre os anos de 1700 e 1712.  A Casa de Câmara e Cadeia é dos primeiros anos do século XVIII, com elementos característicos dessa tipologia no Recôncavo. Algumas dessas casas de Câmara e Cadeia, como as de Cachoeira, Maragojipe e Santo Amaro foram diretamente influenciadas pela de Salvador. A presença de celas para presos qualificados, no pavimento nobre, foi notada, também, em Maragojipe. 
Chafariz Público
Fica localizado na Praça Aristides Milton, s/n. É tombado pelo Iphan desde 1939. Equipamento público construído no final do século XVIII, possivelmente entre 1781e 1796. O chafariz é precedido de um pequeno átrio, elevado em alguns degraus em relação à rua, onde era distribuída a água. A fachada do chafariz, flanqueada por cunhais de alvenaria culminados por tocheiros, é subdividida em dois estágios por uma robusta cornija. Na parte inferior existem sete carrancas em ferro fundido, por onde corria a água. Em cima, em seu centro, são exibidas as armas do Império, executadas em estuque e, um pouco abaixo, uma placa datada de 1827. Seu frontão é neoclássico.
Igreja da Matriz de Nossa Senhora do Rosário
Fica localizada na Rua Ana Nery, s/n. É tombada pelo Iphan desde 1939. O imóvel foi construído no final do século XVII. Os painéis de azulejos foram colocados em 1750.  O edifício é de grande valor monumental e histórico. Planta retangular recoberta por telhados de duas e meia águas. O frontispício é do tipo templo, ladeado por duas torres com terminações piramidais, revestidas de azulejos. O acesso se dá por portal de lioz, coroado por um nicho e formado por três arcos planos. Seu interior é muito rico, revestido de azulejos historiados com temas bíblicos, com mais de 4m de altura [considerado o maior do Brasil]. O forro da nave exibe pintura ilusionista e os da sacristia e coro, medalhões. Seu acervo ostenta numerosas imagens, doze telas, muitas alfaias e um sacrário de prata.
Capela de Nossa Senhora da Ajuda
Localização: Largo da Ajuda, s/n. Século XVII, provavelmente a partir de 1606. É tombada pelo Iphan desde 1939. Planta constituída de copiar, nave, capela-mor, sacristia e torre. Nave com telhados de duas águas. O frontispício é marcado pela presença de um copiar, guarnecido de gradil de madeira. A fachada é do tipo empena, contornada por cunhais de cantaria.
SANTO AMARO DA PURIFICAÇÃO
Matriz de Nossa Senhora da Purificação

Imóvel do século XVIII, 1706. No seu interior, modificado na década de 1920, destacam-se os forros com pintura ilusionista. A capela-mor e altares atuais são neoclássicos do início do século.
Casa de Câmara e Cadeia
Imóvel do século XVIII, provavelmente de 1727. É revestido com decoração neoclássica.
Santa Casa da Misericórdia
Imóvel do século XVIII, 1778. A Santa Casa foi fundada em 08 de setembro de 1778 pelo Des. Ciríaco Antônio de Moura Tavares e pelo vigário Pe. José Batista Leitão. O edifício tem um tratamento neoclássico.
Convento Nossa Senhoa dos Humildes
Imóvel do século XVIII, 1793. Nesse ano, Inácio dos Santos e Araújo constrói a capela. Em 08 de dezembro de 1817 é inaugurado o Recolhimento, com a entrada de 12 recolhidas, 06 meninas e 09 servas. Toda a talha da capela é neoclássica.
Igreja de Nosso Senhor do Amparo
Imóvel do século XIX , 1817. A reforma realizada em 1907 teve como objetivo adequar tardiamente a igreja ao gosto neoclássico.
NAZARÉ
Igreja da Matriz de Nossa Senhora de Nazaré

Avenida D. Pedro II, 21. Construída no final do século XVIII, em 1780.
Tombada pelo Iphan desde 1962. É uma reminiscência do estilo maneirista; os altares são neoclássicos.
Capela de Nossa Senhora da Conceição
Praça Muniz Ferreira. Construída em meados do século XVIII, em 1742.
Tombada pelo Iphan desde 1962.
Capela de Nossa Senhora de Nazaré
Praça Almirante Muniz.. Construída em meados do século XVII, em 1649. Tombada pelo Iphan em 1962.
SÃO FÉLIX
Igreja da Matriz de Deus Menino
Edificada no final do século XVIII. Arquitetura de fachada tipicamente rococó.
Igreja do Senhor São Félix
Edificada no final do século XVIII. Em um maneirismo tardio, uma imitação da arte renascentista europeia.
MARAGOJIPE
Matriz de São Bartolomeu
Imóvel do século XVII, 1640. Nesse ano, Bartolomeu Gato de Castro promove a construção de templo, dedicando-o a São Bartolomeu. Foi financiado pelos moradores, com ajuda da Coroa.
Casa de Câmara e Cadeia
Imóvel do século XVIII, 1774.
Sobrado da Terpsícore
Imóvel do século XIX. Abriga a sede da Filarmônica Sociedade Recreativa Terpsícore Popular de Maragojipe.
Santa Casa da Misericórdia
Imóvel do século XVII, construído entre 1680 e 1692.
ITAPARICA
Forte de São Lourenço
Localizado na Praça Getúlio Vargas, s/n.
Construído no final do século XVIII, é tombado pelo Iphan desde 1938.
Igreja de São Lourenço
Localizada na Rua Luís Gran, s/n, construída no final do século XVII, foi tombada pelo Iphan também em 1938.
Igreja Santíssimo Sacramento
Localizada na Rua Luís Gran, s/n, construída no início do século XVII.
JAGUARIPE
Casa de Câmara e Cadeia
Localizada na Praça da Bandeira, s/n,construída no final do século XVII. Segundo a tradição, teria existido um porão, a “Prisão do Sal”, cujo local era invadido periodicamente pelas marés. Tombada pelo Iphan.
Igreja da Matriz de Nossa Senhora da Ajuda
Localizada no Alto da Matriz, s/n, construída no início do século XVIII. Tombada pelo Iphan.
Casa do Ouvidor
Localizada na Ladeira da Ajuda, 12, construída em meados do século XVII. Tombada pelo Iphan.

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